


Lisodren 500Mg 100
Lisodren é indicado no tratamento de carcinoma (tumor maligno) do córtex da glândula adrenal, quando não há possibilidade de operação, seja o tumor do tipo funcional ou não funcional.
Bula do Lisodren 500Mg 100
Como o Lisodren funciona?
Lisodren é um medicamento citotóxico para a adrenal (tóxico para as células da adrenal), embora possa provocar inibição da adrenal sem destruição aparente das suas células. Seu modo de ação é desconhecido. Segundo os dados disponíveis, sugere-se que este medicamento modifique o metabolismo de esteroides (substâncias produzidas pela adrenal), e impede o funcionamento do córtex da glândula adrenal.
Quais as contraindicações do Lisodren?
Lisodren não deve ser utilizado por indivíduos que já tenham apresentado hipersensibilidade (alergia) ao mitotano ou a outros componentes da fórmula deste medicamento.
Como usar o Lisodren?
Este medicamento deve ser usado por via oral.
Para segurança e eficácia desta apresentação, Lisodren não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
O esquema recomendado de tratamento é iniciar com 2 a 6 gramas de Lisodren por dia, em doses divididas, 3 ou 4 vezes ao dia. As doses são geralmente aumentadas de forma gradual até 9 a 10 gramas por dia. Se surgirem efeitos colaterais graves, a dose deverá ser reduzida até que seja atingida a dose máxima tolerada. Caso seja possível tolerar doses mais elevadas, e se neste caso houver uma resposta clínica melhor, a dose deverá ser aumentada dentro do intervalo terapêutico (ver abaixo) até toxicidade inaceitável.
A dose máxima tolerada varia de 2 a 16 gramas por dia, mas tem sido normalmente de 9 a 10 gramas por dia. As doses mais altas já utilizadas em estudos clínicos foram de 18 a 19 gramas por dia.
Ajuste da dose, monitoramento e interrupção
A dose deve ser ajustada para ser atingida a janela terapêutica (faixa plasmática aceitável na qual os resultados terapêuticos são positivos - concentrações plasmáticas de mitotano entre 14 e 20 mg/L), o que garante eficácia ótima de Lisodren com segurança aceitável. Toxicidade neurológica grave tem sido relatada com concentrações de mitotano acima de 20 mg/L e, por conseguinte, esse limite não deve ser excedido. As concentrações plasmáticas de mitotano (quantidade de mitotano no sangue) devem ser medidas em intervalos regulares (por exemplo, após cada ajuste da dose), até que o intervalo de concentração-alvo seja atingido, normalmente dentro de 3 a 5 meses. Por causa do acúmulo tecidual, os níveis plasmáticos de mitotano devem ser monitorados regularmente (por exemplo, mensalmente) uma vez que a dose de manutenção seja atingida.
Se ocorrerem efeitos tóxicos na vigência de níveis plasmáticos de mitotano (quantidade de mitotano no sangue) acima de 20 mg/L, o tratamento deve ser suspenso e reiniciado quando os níveis plasmáticos estiverem dentro do intervalo terapêutico. Se ocorrerem efeitos tóxicos inaceitáveis na vigência de níveis plasmáticos de mitotano dentro da janela terapêutica (faixa plasmática aceitável na qual os resultados terapêuticos são positivos), a dose deve ser reduzida até que uma dose máxima tolerada seja atingida. Os ajustes de dose não produzem mudanças imediatas nos níveis plasmáticos de mitotano. Devido à meia-vida prolongada, concentrações séricas (no sangue) significativas podem persistir. Assim, a monitorização regular (por exemplo, de dois em dois meses) dos níveis plasmáticos de mitotano é necessária após a interrupção do tratamento.
O tratamento deve ser realizado no hospital até que seja atingida uma dosagem estável.
O tratamento deve continuar enquanto forem observados benefícios clínicos. A manutenção da condição clínica ou a diminuição do crescimento de lesões metastáticas (tumores) podem ser consideradas como benefícios clínicos caso estes possam ser comprovados.
A rápida descoberta da doença e o início rápido ao tratamento aumentam as chances de resposta positiva. A eficácia do tratamento pode ser demonstrada pela redução dos sinais e sintomas causados pela produção excessiva de esteroides pelo tumor.
Em alguns casos, pacientes foram tratados de forma intermitente (com interrupções no tratamento) e ao reaparecerem os sintomas graves o tratamento foi retomado. É comum não acontecer resposta ao tratamento após seu terceiro ou quarto ciclo. De acordo com a experiência nesta área, sugere-se que o melhor tratamento é o contínuo, com a máxima dosagem possível de Lisodren.
Idosos
Em geral, deve-se ter cuidado ao escolher a dose para um paciente idoso. Usualmente, deve-se iniciar o tratamento com a menor dose recomendada, devido a maior ocorrência de disfunção hepática, renal ou cardíaca (problemas no fígado, rins ou coração), doenças associadas e uso de vários medicamentos em conjunto nestes pacientes.
Pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. A posologia de Lisodren para pacientes pediátricos não foi devidamente caracterizada.
Manipulação e descarte
Devem ser considerados os procedimentos adequados relacionados ao manuseio e descarte de medicamentos antineoplásicos como Lisodren.
Não existe um acordo geral que institua que todos os procedimentos recomendados nos guias sejam necessários ou apropriados.
Para diminuir o risco de exposição da pele, é recomendável sempre utilizar luvas impermeáveis para manusear frascos contendo Lisodren. Isto inclui todas as atividades de manuseio em clínicas, farmácias, estoques e em situações de cuidados domiciliares, incluindo a abertura da embalagem e inspeção, transporte e preparação da dose e administração.
Deve-se evitar entrar em contato com comprimidos esmagados e/ou quebrados. Se o contato com comprimidos quebrados ocorrer, deve-se lavar toda a região imediatamente.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.