Mielocade 3,5Mg F/A
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Até 6x de R$ 79,98 sem juros
MIELOCADE é indicado para o tratamento de adultos com mieloma múltiplo, que é um tipo de câncer de medula óssea, e: - que não receberam tratamento prévio; e impossibilitados de receberem tratamento com alta dose de quimioterapia e transplante de medula óssea. Nesses pacientes, o bortezomibe é utilizado em combinação com melfalana e prednisona. - que não receberam tratamento prévio e que são elegíveis a receberem tratamento de indução com alta dose de quimioterapia com transplante de medula óssea. Nesses pacientes, bortezomibe é utilizado em combinação com dexametasona, ou com dexametasona e talidomida. - que já receberam pelo menos um tratamento anterior. - o retratamento com bortezomibe pode ser considerado para pacientes com mieloma múltiplo que haviam respondido previamente ao tratamento com bortezomibe. O período mínimo entre o tratamento anterior e o início do retratamento é de 6 meses.
Bula do Mielocade 3,5Mg F/A
MIELOCADE
(bortezomibe)
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
APRESENTAÇÃO
PÓ LIOFILIZADO PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL
MIELOCADE 3,5 mg - Embalagem contendo 1 frasco-ampola.
USO
INTRAVENOSO OU SUBCUTÂNEO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada
frasco-ampola contém:
bortezomibe…….................................................................3,5
mg
Excipiente: manitol .............................................................q.s.
Para uso intravenoso: após a reconstituição com 3,5 mL de cloreto de sódio (0,9%), cada mL contém 1 mg de bortezomibe.
Para uso subcutâneo: após a reconstituição com 1,4 mL de cloreto de sódio (0,9%), cada mL contém 2,5 mg de bortezomibe.
PARA QUE
ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
MIELOCADE
é indicado para o tratamento de adultos com mieloma múltiplo, que é um tipo de
câncer de medula óssea, e:
- que não receberam tratamento prévio; e impossibilitados de receberem
tratamento com alta dose de quimioterapia e transplante de medula óssea. Nesses
pacientes, o bortezomibe é utilizado em combinação com melfalana e prednisona.
- que não receberam tratamento prévio e que são elegíveis a receberem
tratamento de indução com alta dose de quimioterapia com transplante de medula
óssea. Nesses pacientes, bortezomibe é utilizado em combinação com
dexametasona, ou com dexametasona e talidomida.
- que já receberam pelo menos um tratamento anterior.
- o retratamento com bortezomibe pode ser considerado para pacientes com
mieloma múltiplo que haviam respondido previamente ao tratamento com
bortezomibe. O período mínimo entre o tratamento anterior e o início do
retratamento é de 6 meses.
COMO ESTE
MEDICAMENTO FUNCIONA?
MIELOCADE pertence a um grupo de medicamentos denominados citotóxicos, que são
usados para matar as células cancerosas.
A eficácia do seu tratamento deve ser avaliada pelo seu médico através de exame clínico e laboratorial. A maioria dos pacientes com mieloma múltiplo apresentam resposta em até 1,5 meses após o início de tratamento com o bortezomibe.
QUANDO NÃO
DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
MIELOCADE
é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade (alergia) ao bortezomibe,
boro ou manitol.
Este medicamento é contraindicado para a faixa etária pediátrica.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
O QUE DEVO
SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
MIELOCADE
deve ser administrado sob a supervisão de médico com experiência no uso de
tratamento antineoplásico.
Ocorreram casos fatais de administração inadvertida de bortezomibe pela via intratecal. MIELOCADE deve ser administrado somente pela via intravenosa ou subcutânea.
O BORTEZOMIBE NÃO DEVE SER ADMINISTRADO PELA VIA INTRATECAL.
Em geral, o perfil de segurança de pacientes tratados com o bortezomibe em monoterapia foi similar ao observado em pacientes tratados com o bortezomibe combinado com melfalano e prednisona.
Neuropatia
periférica
O
tratamento com o bortezomibe causa neuropatia periférica (definida como
qualquer forma de lesão, inflamação ou degeneração dos nervos periféricos) que
é mais comumente do tipo sensorial, ou seja, afeta a percepção da dor, do tato
ou das sensações de calor e frio. Os pacientes devem ser monitorados quanto aos
sintomas de neuropatia, como sensação de queimação, hiperestesia (excesso de
sensibilidade), hipoestesia (diminuição da sensibilidade), parestesia
(sensações subjetivas, por exemplo, frio, calor, formigamento, pressão, etc.),
desconforto, dor ou fraqueza. Pacientes com sintomas pré-existentes (dormência,
dor ou sensação de queimação nos pés ou mãos) e/ou sinais de neuropatia
periférica podem apresentar piora da neuropatia periférica durante o tratamento
com o bortezomibe Pacientes que apresentarem piora ou aparecimento de
neuropatia periférica podem exigir uma mudança de dose, esquema de tratamento
ou via de administração para subcutânea (SC).
Hipotensão
arterial
Eventos
de hipotensão (pressão arterial baixa) são observados ao longo do tratamento.
Recomenda-se cautela ao tratar pacientes com história de desmaio, pacientes
recebendo medicamentos associados com hipotensão e pacientes desidratados.
Alterações
cardíacas
Desenvolvimento
súbito ou piora de insuficiência cardíaca têm sido relatados. Pacientes com
fatores de risco ou com doença cardíaca pré-existente devem ser cuidadosamente
monitorados.
Alterações
da função do fígado (problemas hepáticos)
Têm
sido relatados casos raros de falência aguda do fígado em pacientes recebendo
medicações concomitantes e com outros problemas sérios de saúde além do
mieloma. Outros eventos adversos relatados incluem aumento das enzimas do
fígado, aumento de bilirrubina e hepatite. Estas alterações podem ser
reversíveis com a descontinuação do bortezomibe.
Problemas
pulmonares
Foram
relatados casos de doença pulmonar aguda de causa desconhecida em pacientes
recebendo o bortezomibe. Alguns desses eventos foram fatais. Na ocorrência de
um evento pulmonar ou na piora de sintomas pulmonares já existentes, uma rápida
avaliação diagnóstica deve ser realizada e os pacientes tratados
apropriadamente.
Exames
laboratoriais
O
resultado do hemograma completo deve ser frequentemente monitorado durante o
tratamento com o bortezomibe.
Trombocitopenia
/ Neutropenia
O
bortezomibe está associado com trombocitopenia (redução do número de plaquetas
no sangue) e neutropenia (redução do número de neutrófilos, um tipo de célula,
no sangue). A contagem de plaquetas deve ser realizada antes de cada dose de
bortezomibe. Existem relatos de sangramento gastrintestinal e intracerebral
associados com a trombocitopenia induzida por bortezomibe.
Eventos
adversos gastrintestinais
O
tratamento com o bortezomibe pode causar náusea, diarreia, constipação e vômito
que exigem, algumas vezes, uso de medicamentos antieméticos e antidiarreicos. A
reposição de líquidos e sais deve ser realizada para evitar a desidratação. Uma
vez que alguns pacientes em tratamento com o bortezomibe podem apresentar
vômito e/ou diarreia, os pacientes devem ser orientados sobre como proceder
para evitar a desidratação. Os pacientes devem ser instruídos para procurar o
médico se apresentarem sintomas de vertigem, tontura ou desmaios.
Síndrome
da lise tumoral
Uma
vez que o bortezomibe é um agente citotóxico e pode matar células malignas
rapidamente, podem ocorrer complicações da síndrome da lise tumoral
(complicações metabólicas que podem ocorrer após o tratamento de um câncer). Os
pacientes sob risco de síndrome da lise tumoral são aqueles com carga tumoral
alta antes do tratamento. Estes pacientes devem ser acompanhados de perto e as
precauções apropriadas devem ser tomadas.
Pacientes
com insuficiência hepática
O
bortezomibe é metabolizado pelas enzimas do fígado e sua concentração é
aumentada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Esses
pacientes devem ser tratados com doses iniciais reduzidas de bortezomibe e
monitorados com relação à toxicidade.
Síndrome
de encefalopatia posterior reversível (SEPR)
Foram
relatados casos de síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR) em
pacientes recebendo o bortezomibe. SEPR é um distúrbio neurológico raro,
reversível, que pode se apresentar com convulsões, hipertensão, dor de cabeça,
sonolência confusão mental, cegueira, entre outros distúrbios visuais e
neurológicos. Exames de imagem do cérebro são usados para confirmar o
diagnóstico. Em pacientes com SEPR em desenvolvimento, bortezomibe deve ser
descontinuado.
Carcinogênese,
mutagênese, comprometimento da fertilidade
O
bortezomibe demonstrou atividade clastogênica (causadora de aberrações
cromossômicas estruturais) em teste in vitro de aberrações cromossômicas usando
células de ovário de hamster Chinês.
Bortezomibe pode ter um potencial efeito sobre a fertilidade masculina ou feminina.
Gravidez e
Amamentação
Mulheres
em idade fértil devem evitar a gravidez durante o tratamento com o bortezomibe.
As pacientes devem ser orientadas sobre o uso de medidas contraceptivas eficazes e para evitar a amamentação durante o tratamento com o bortezomibe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Efeito
sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas
Uma
vez que o bortezomibe pode estar associado à fadiga, tontura, síncope
(desmaio), hipotensão postural (queda da pressão arterial ao mudar da posição
sentada ou deitada para de pé), diplopia (visão dupla) ou visão turva, você não
deve dirigir veículos ou operar máquinas.
Interações
medicamentosas
Pacientes
devem ser monitorados quando ocorrer administração concomitante de bortezomibe
com potentes inibidores das enzimas do CYP3A4 (como por exemplo: cetoconazol e
ritonavir). O uso concomitante de bortezomibe com indutores potentes das
enzimas do CYP3A4 como por exemplo: rifampicina, carbamazepina, fenitoína,
fenobarbital e Erva-de-São-João não é recomendado, já que a eficácia do
bortezomibe pode ser reduzida. Pacientes que estão recebendo esse tipo de
tratamento com o bortezomibe devem ser monitorados de perto no que se refere a
sinais de toxicidade ou eficácia reduzida.
Pacientes em tratamento com agentes antidiabéticos orais e que recebem o bortezomibe podem necessitar de monitoramento da glicemia e ajuste da dose da medicação antidiabética.
Informe seu médico se você estiver usando outros medicamentos como amiodarona, antivirais, isoniazida, nitrofurantoína, estatinas ou medicamentos que possam diminuir a pressão arterial.
ONDE, COMO
E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
As
embalagens de MIELOCADE devem ser mantidas em temperatura ambiente (de 15°C a
30°C), não devem ser refrigeradas mas devem ser protegidas da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original (cartucho) até o momento da administração.
Após reconstituição, a solução resultante deve ser clara e incolor. O medicamento reconstituído pode ser administrado em até 8 horas após o preparo, se armazenado a uma temperatura inferior a 25ºC, no frasco original, ou por até 10 dias, se mantido sob refrigeração (de 2°C a 8°C), no frasco original. Após reconstituição, a solução pode também permanecer em uma seringa por até 3 horas, se mantido a uma temperatura inferior a 25ºC. Não armazenar a solução a uma temperatura maior que 30ºC.
Após preparo, manter por até 8 horas no frasco original ou por até 3 horas em seringa, a uma temperatura inferior a 25ºC, ou por 10 dias armazenado sob refrigeração (de 2°C a 8°C), também no frasco original.
Aspecto
físico
O
bortezomibe é um pó ou massa de cor branca a quase branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
COMO DEVO
USAR ESTE MEDICAMENTO?
MIELOCADE
pode ser administrado pelas vias intravenosa ou subcutânea.
Para as diferentes vias de administração, diferentes volumes de solução de cloreto de sódio 0,9% são utilizados para reconstituir o medicamento. Após a reconstituição, a concentração de bortezomibe por mililitro (mL) de solução para a administração subcutânea (2,5 mg/mL) é maior que a concentração para a administração intravenosa (1,0 mg/mL).
Como cada via de administração tem diferentes concentrações da solução reconstituída, deve-se ter cuidado ao calcular o volume a ser administrado.
O conteúdo de cada frasco-ampola de bortezomibe deve ser reconstituído apenas com solução salina normal (0,9%), de acordo com as seguintes instruções baseadas na via de administração:
MIELOCADE é administrado por injeção intravenosa (na veia) ou subcutânea, sob a supervisão de médico com experiência no uso de medicamentos citotóxicos.
Quando administrado em injeção intravenosa, o MIELOCADE é injetado em bolus (3-5 segundos), através de catéter intravenoso periférico ou central, seguido por lavagem com solução de cloreto de sódio 0,9%.
Para administração subcutânea, a solução reconstituída é injetada na coxa (direita ou esquerda) ou abdome (esquerdo ou direito). Os locais de injeção devem ser alternados para injeções sucessivas. Novas injeções devem ser administradas a, pelo menos, 2,5 cm do local anterior, e nunca em áreas em que o local esteja sensível, ferido, vermelho ou rígido.
Se ocorrerem reações no local da injeção após a administração subcutânea de MIELOCADE® uma solução menos concentrada de MIELOCADE® (1 mg/mL ao invés de 2,5 mg/mL) pode ser administrada por via subcutânea, ou alterada para injeção intravenosa.
Como cada via de administração apresenta diferente concentração da solução reconstituída, deve-se ter cuidado no momento de calcular o volume a ser administrado.
Devem decorrer pelo menos 72 horas entre as administrações consecutivas de bortezomibe.
Ocorreram casos fatais de administração inadvertida de bortezomibe pela via intratecal. O bortezomibe deve ser administrado somente pela via intravenosa e subcutânea.
MIELOCADE NÃO DEVE SER ADMINISTRADO PELA VIA INTRATECAL.
O retratamento com bortezomibe pode ser considerado para pacientes com mieloma múltiplo que haviam respondido previamente ao tratamento com bortezomibe.
O período mínimo entre o tratamento anterior e o início do retratamento é de 6 meses. Qualquer paciente que responde ao primeiro tratamento com bortezomibe (resposta completa ou parcial) é elegível ao retratamento. Pacientes refratários ao primeiro tratamento com bortezomibe não são elegíveis. A decisão de tratar é baseada na presença de sintomas e não é baseada na progressão dos sinais.
Siga a
orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração
do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Dosagem
• Monoterapia
Mieloma Múltiplo recidivado
Dose
Recomendada
A
dose recomendada de bortezomibe é de 1,3 mg/m²/dose, administrada 2 vezes por
semana durante 2 semanas (dias 1, 4, 8 e 11), seguido por um período de repouso
de 10 dias (dias 12 a 21). Este período de 3 semanas é considerado como um
ciclo de tratamento. Para extensão do tratamento além de 8 ciclos, o
bortezomibe pode ser administrado no esquema padrão ou no esquema de manutenção
de uma vez por semana por 4 semanas (dias 1, 8, 15 e 22), seguido por um
período de repouso de 13 dias (dias 23 a 35).
Deve ser observado intervalo de pelo menos 72 horas entre as doses consecutivas de bortezomibe.
Em estudos clínicos, pacientes com resposta completa (CR) confirmada receberam 2 ciclos adicionais de bortezomibe. Recomenda-se que pacientes que respondem ao bortezomibe recebam até 8 ciclos de tratamento.
Modificação
da dose e reinício do tratamento
O
tratamento com o bortezomibe deve ser interrompido ao início de qualquer
evidência de toxicidade não hematológica de Grau 3 ou hematológica de Grau 4,
excluindo neuropatia. Após a remissão dos sintomas de toxicidade, o tratamento
com o bortezomibe pode ser reiniciado com dose 25% menor (1,3 mg/m²/dose
reduzida para 1,0 mg/m²/dose; 1,0 mg/m²/dose reduzida para 0,7 mg/m²/dose). A
Tabela 1 a seguir contém a recomendação para modificação da dose em pacientes
que apresentarem dor neuropática e/ou neuropatia sensorial periférica
relacionada ao bortezomibe. Neuropatia autonômica severa resultando na
interrupção ou descontinuação do tratamento foi reportada. Pacientes com
neuropatia grave pré-existente devem ser tratados com o bortezomibe somente
após avaliação cuidadosa do risco-benefício.
Tabela 1: Recomendação para modificação da dose de bortezomibe na presença de dor neuropática e/ou neuropatia periférica sensorial ou motora relacionada ao tratamento.
a Classificação baseada no NCI Common Toxicity
Criteria CTCAE v 4.
b AVD instrumentais: Refere-se a preparar refeições, comprar
mantimentos ou roupas, usar o telefone, administrar o dinheiro etc.
c AVD de autocuidados: refere-se a tomar banho, vestir e despir-se,
alimentar-se, usar o banheiro, tomar medicamentos e não estar acamado.
Obs.: A redução da dose de bortezomibe, recomendada quando da ocorrência de dor neuropática e/ou neuropatia sensorial periférica relacionada ao tratamento, pode levar à redução da eficácia do tratamento.
• Terapia combinada
Mieloma múltiplo não tratado previamente - Pacientes não elegíveis a transplante de células-tronco
Dose
recomendada em combinação com melfalana e prednisona
O
bortezomibe para injeção é administrado em combinação com melfalana e
prednisona, por 9 ciclos de 6 semanas de tratamento. Nos Ciclos 1 a 4, o
bortezomibe é administrado 2 (duas) vezes por semana (dias 1, 4, 8, 11, 22, 25,
29 e 32). Nos Ciclos 5 a 9, o bortezomibe é administrado uma vez por semana
(dias 1, 8, 22 e 29).
Tabela 2: Regime de dose recomendada para o bortezomibe quando usado em combinação com melfalana e prednisona para pacientes sem tratamento anterior para mieloma múltiplo e não elegíveis a transplante de medula óssea.
Mel = melfalana, Pred =prednisona
Guia de
manuseio de dose para terapia combinada com melfalana e prednisona
Modificação
de dose e reinicio quando o bortezomibe é administrado em combinação com
melfalana e prednisona.
Antes de iniciar um novo ciclo de terapia:
· Contagem de plaquetas deve ser = 70 x
109/L e a contagem absoluta de neutrófilos deve ser = 1,0 x 109/L.
· Toxicidade não-hematológica deve ser
resolvida até Grau 1 ou condição basal.
Tabela 3: Modificação de dose durante os ciclos subsequentes:
Para informação adicional relacionada a melfalana e prednisona, veja informações de bula do fabricante.
Para os ajustes da dose de bortezomibe, deverão ser seguidas as diretrizes de modificação da dose descritas em relação à monoterapia.
Dose recomendada para pacientes que não receberam tratamento prévio e que são elegíveis a transplante de medula óssea
- Terapia combinada com dexametasona
O bortezomibe é administrado por injeção intravenosa na dose recomendada de 1,3
mg/m² com base na área de superfície corporal duas vezes por semana durante
duas semanas nos Dias 1, 4, 8, e 11, seguido por um período de repouso de 10
dias nos Dias 12 a 21. Este período de 3 semanas é considerado um ciclo de
tratamento. São administrados quatro ciclos de tratamento com bortezomibe.
Devem decorrer pelo menos 72 horas entre as doses consecutivas de bortezomibe.
A dexametasona é administrada por via oral na dose de 40 mg nos Dias 1, 2, 3, 4 e Dias 8, 9, 10, 11 do ciclo de tratamento com bortezomibe.
- Terapia combinada com dexametasona e talidomida
O bortezomibe é administrado através de injeção intravenosa na dose recomendada
de 1,3 mg/m² com base na área de superfície corporal duas vezes por semana
durante duas semanas nos Dias 1, 4, 8, e 11, seguido por um período de repouso
de 17 dias nos Dias 12 a 28. Este período de 4 semanas é considerado um ciclo
de tratamento. São administrados quatro ciclos de tratamento com bortezomibe.
Recomenda-se que os pacientes com pelo menos resposta parcial recebam 2 ciclos
adicionais. Devem decorrer pelo menos 72 horas entre as doses consecutivas de
bortezomibe.
A dexametasona é administrada por via oral na dose de 40 mg nos Dias 1, 2, 3, 4 e Dias 8, 9, 10, 11 dos ciclos de tratamento com bortezomibe.
A talidomida é administrada por via oral na dose de 50 mg por dia nos Dias 1 a 14 e, se tolerado, a dose é aumentada para 100 mg nos dias 15 a 28, e posteriormente pode ser aumentada para 200 mg por dia.
Tabela 4: Posologia para terapia combinada com bortezomibe para pacientes com mieloma múltiplo sem tratamento prévio elegíveis a transplante de células-tronco medula óssea.
Vc = bortezomibe; Dx = dexametasona; T = talidomida
a A dose de talidomida é aumentada para 100 mg a partir da semana 3
do Ciclo 1 apenas se a dose de 50 mg for tolerada e para 200 mg do Ciclo 2 em
diante se a dose de 100 mg for tolerada.
b Até 6 ciclos podem ser administrados aos pacientes que atingirem
pelo menos uma resposta parcial após 4 ciclos.
A talidomida é uma substância ativa teratogênica humana conhecida, que causa malformações severas de risco à vida. A talidomida é contraindicada durante a gestação e em mulheres férteis, exceto se todas as condições do programa de prevenção de gestações da talidomida forem atendidas. Os pacientes que recebem bortezomibe em combinação com talidomida deverão aderir ao programa de prevenção de gestações da talidomida. Consulte a bula da talidomida para informações adicionais.
- Ajustes de dose para pacientes elegíveis a transplante
Para ajustes de dose de bortezomibe para neuropatia consulte a Tabela 1.
Adicionalmente, quando bortezomibe é administrado em combinação com outros medicamentos quimioterápicos, devem ser consideradas reduções de dose apropriadas para estes medicamentos no caso de toxicidades, de acordo com as recomendações nas bulas desses produtos.
Retratamento
de mieloma múltiplo
Pacientes
que haviam respondido previamente ao tratamento com bortezomibe (isolado ou em
combinação) e que apresentaram recaída podem iniciar o retratamento com a
última dose tolerada. Veja regime de dose em “Monoterapia”.
Populações especiais
Pacientes
com insuficiência renal
Não
é necessário ajuste da dose de bortezomibe em pacientes com insuficiência
renal. Uma vez que a diálise pode reduzir a concentração de bortezomibe, o
medicamento deve ser administrado após o procedimento de diálise.
Pacientes
com insuficiência hepática
Pacientes
com insuficiência hepática leve não requerem ajuste de dose inicial e devem ser
tratados de acordo com a posologia recomendada de bortezomibe. Pacientes com
insuficiência hepática moderada ou grave devem iniciar o tratamento com o
bortezomibe utilizando uma dose reduzida de 0,7 mg/m² por injeção durante o
primeiro ciclo e subsequentes aumentos gradativos da dose para 1,0 mg/m² ou
reduções de dose para 0,5 mg/m² podem ser considerados, com base na tolerância do
paciente (veja Tabela 5).
Tabela 5: Modificação da dose inicial recomendada para o bortezomibe em pacientes com insuficiência hepática
Abreviações: TGOS = transaminase glutâmico oxalacética sérica;
AST = aspartato aminotransferase; ULN = acima do limite da faixa de
normalidade.
O QUE DEVO
FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
MIELOCADE
é um medicamento injetável utilizado sob orientação e supervisão médica.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS
MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As
reações adversas a medicamentos relatadas em estudos de pacientes com mieloma
são:
Reação
muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Distúrbios
do sangue e do sistema linfático: trombocitopenia (diminuição do número de
plaquetas), anemia, neutropenia
(diminuição do número de neutrófilos);
Distúrbios oftalmológicos: visão turva;
Distúrbios gastrintestinais: constipação, diarreia, náusea, vômito, dor
gastrintestinal e abdominal, dispepsia (desconforto
na região do estômago);
Distúrbios gerais e condições no local de administração: astenia (fraqueza
muscular), fraqueza, fadiga, pirexia (febre),
rigidez, edema de extremidades inferiores;
Infecções e infestações: infecção do trato respiratório superior, inferior
e pulmões, nasofaringite, herpes zoster;
Distúrbios metabólicos e nutricionais: redução do apetite e anorexia,
desidratação;
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: dor nos membros,
mialgia (dor muscular), artralgia (dor
nas articulações);
Distúrbios do sistema nervoso: neuropatia periférica (dor e/ou formigamento
nas extremidades), parestesia e
disestesia (enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos),
tontura (excluindo vertigem), dor de cabeça,
disgeusia (distorção ou diminuição do paladar);
Distúrbios psiquiátricos: ansiedade, insônia;
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: tosse, dispneia (falta
de ar);
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: erupção cutânea que pode ser
prurítico, eritematoso (lesões de
pele que podem gerar coceira ou vermelhidão).
Distúrbios vasculares: hipotensão (pressão arterial baixa).
Reação
comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Distúrbios
do sangue e do sistema linfático: leucopenia (diminuição de leucócitos),
linfopenia (diminuição do número de
linfócitos), pancitopenia (diminuição de todas células do sangue);
Distúrbios cardíacos: taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos),
fibrilação atrial (alteração do ritmo
cardíaco), palpitações, desenvolvimento agudo ou exacerbação de insuficiência
cardíaca, incluindo insuficiência
cardíaca crônica, edema pulmonar
Distúrbios oftalmológicos: infecção e irritação conjuntiva.
Distúrbios gastrintestinais: dor faringolaríngea, refluxo gastrintestinal,
eructação, distensão abdominal, estomatite
e ulceração na boca, disfagia (dificuldade de deglutição), hemorragia gastrintestinal
(trato superior e inferior) e retal;
Distúrbios gerais e condições no local de administração: letargia
(sonolência), mal-estar, neuralgia (dor nos
nervos sem estímulo), dor no peito;
Infecções e infestações: pneumonia, herpes simples, bronquite, sinusite,
faringite, candidíase oral, infecção do trato
urinário, infecção relacionada ao catéter, sepse e bacteremia, gastroenterite;
Lesão, envenenamento e complicações do procedimento: complicações
relacionadas ao catéter.
Investigações: aumento da ALT (alanina aminotransferase) e AST (alanina
aspartatotransferase), aumento da fosfatase
alcalina, aumento da GGT (gama-glutamiltransferase);
Distúrbios metabólicos e nutricionais: hiperglicemia (aumento do açúcar no
sangue), hipoglicemia (diminuição do
açúcar no sangue), hiponatremia (diminuição do sódio no sangue);
Distúrbios do sistema nervoso: polineuropatia, síncope (desmaio);
Distúrbios renais e urinários: insuficiência ou falência renal, hematúria
(presença de sangue na urina);
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: epistaxe (sangramento
nasal), dispneia do exercício, derrame
pleural (acúmulo de líquido ao redor do pulmão), rinorreia (descarga nasal);
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: urticária (coceira com
vermelhidão).;
Distúrbios vasculares: hipotensão postural (queda da pressão arterial ao
mudar da posição sentada ou deitada para
de pé), petéquias (ponto vermelho no corpo causado por pequena hemorragia no
vaso sanguíneo).
Reação
incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Distúrbios
do sangue e do sistema linfático: neutropenia febril (paciente com febre e
diminuição de neutrófilos);
Distúrbios cardíacos: arritmias (alteração do ritmo cardíaco), choque
cardiogênico, aparecimento de redução da
fração de ejeção do ventrículo esquerdo, “Flutter” atrial (alteração do ritmo
cardíaco), bradicardia (diminuição
dos batimentos cardíacos);
Distúrbios do ouvido e labirinto: audição prejudicada;
Distúrbios gastrintestinais: ulceração da língua, ânsia de vômito,
hematêmese (vômito com sangue), petéquias
na mucosa oral (pontos vermelhos na mucosa da boca), íleo paralítico (parada
dos movimentos intestinais);
Distúrbios gerais e condições no local de administração: irritação e dor no
local de administração, flebite (inflamação
das veias) no local de administração;
Distúrbios do fígado e sistema biliar: aumento da bilirrubina, testes de
função hepática anormais, hepatite;
Distúrbios do sistema imunológico: hipersensibilidade (alergia) ao
medicamento;
Infecções e infestações: neuralgia pós-herpética;
Distúrbios metabólicos e nutricionais: síndrome da lise tumoral;
Distúrbios do sistema nervos: convulsões, perda da consciência, ageusia
(falta de paladar);
Distúrbios renais e urinários: dificuldade de micção;
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: hemoptise (tosse com
sangue);
Distúrbios vasculares: hemorragia cerebral.
Experiência
pós-comercialização
Eventos
adversos ao medicamento clinicamente significativos estão listados a seguir se
não tiverem sido relatados
anteriormente.
As frequências apresentadas a seguir refletem as taxas de relatos para reações adversas ao medicamento provenientes da experiência de pós-comercialização mundial de bortezomibe. As frequências a seguir refletem taxas de relato e, portanto, estimativas mais precisas da incidência não podem ser feitas. As reações adversas ao medicamento estão listadas por frequência.
Reação
incomum (> 1/1.000 e = 1/100):
Distúrbios
gastrintestinais: obstrução intestinal.
Reação
rara (> 1/10.000 e = 1/1.000):
Distúrbios
do sangue e sistema linfático: coagulação intravascular disseminada (distúrbio
da coagulação do sangue);
Distúrbios cardíacos: bloqueio completo atrioventricular, tamponamento
cardíaco;
Distúrbios do ouvido e labirinto: surdez bilateral;
Distúrbios oftalmológicos: herpes oftálmica, neuropatia óptica, cegueira;
calázio/blefarite (inflamação da
pálpebra);
Distúrbios gastrintestinais: colite isquêmica (inflamação grave do
intestino), pancreatite aguda;
Infecções e infestações: meningoencefalite herpética, choque séptico;
Distúrbios do sistema imunológico: angioedema (alergia grave);
Distúrbios do sistema nervoso: encefalopatia, neuropatia autonômica,
síndrome de encefalopatia posterior reversível;
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: doença pulmonar
infiltrativa difusa aguda, hipertensão pulmonar;
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: dermatose neutrofílica febril
aguda (Síndrome de Sweet).
Reação
muito rara (= 1/10.000, incluindo relatos isolados):
Distúrbios
da pele e do tecido subcutâneo: Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica;
Infecções e infestações: leucoencefalopatia multifocal progressivaa;
Distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática. síndrome de
Guillain-Barré e polineuropatia desmielinizante;
Distúrbios do sangue e do sistema linfático: microangiopatia trombótica
(formação de coágulos).
a: Casos muito raros de infecção pelo vírus John Cunningham (JC) com causalidade desconhecida, resultando em LMP (leucoencefalopatia multifocal progressiva) e morte foram relatados em pacientes tratados com o bortezomibe.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
O QUE
FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Na
presença de dose excessiva você deve procurar o médico. Os sinais vitais devem
ser monitorados e devem ser adotadas medidas de suporte adequadas para manter a
pressão arterial e a temperatura corporal. Não existe antídoto específico
conhecido para uma dose excessiva de bortezomibe.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO
USO RESTRITO A ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE